A Patagônia Argentina é um dos lugares de pesca mais procurados pelos pescadores de todo mundo.

       As trutas foram introduzidas no começo do século e já contam com 100 anos. Na Argentina a pesca com mosca chegou nos anos 40, mas nesse momento era para um grupo da elite, e nos anos 80 muita gente começa a praticar esse esporte e em poucos anos chega a ser a modalidade adotada pela Patagônia, sem desprezar as outras modalidades como o spinning e o bait cast, mas sempre recomendando-a.
 
       Nesta região as trutas se encontram, poderíamos dizer em estado natural, porque não voltaram a introduzir outras desta espécie, já que os Parques Nacionais tem proibido este tipo de atividade. Estes foram criados para manter tudo no estado natural, incluindo as espécies que já haviam sido introduzidas.
 
       Nesta zona contamos com excelente qualidade e quantidade de trutas (arco-íris, marrons e fontinalis).
 
       A temporada de pesca se estende desde o primeiro dia de novembro até 31 de maio.

NOSSOS RIOS

       Na zona de Alumine (pequeno povoado ao norte de San Martín de los Andes localizado a uma distancia de 119 Km) contamos com muitos bons rios e riachos:
 
       Rio Alumine: Este nasce do lago do mesmo nome, conta principalmente com trutas arco íris e em menor escala com trutas marrons. Este rio é o único que corre de norte a sul por mais de 250 Km de distância e ao unir-se ao Rio Chimehuin troca-se para o nome de Collon Cura.

Truta marrom e outra arco-íris de Alumine

       Por ser um rio profundo e muito largo sempre o flotamos, por ser um dos mais extensos da zona contamos com várias alternativas de flotadas e uma delas é o trecho compreendido entre a Ponte Pilolil e a confluência com o Rio Malleo, neste trecho descemos com balsas infláveis em dois ou três dias, dependendo da quantidade de água. A pesca é muito boa e não há outra forma de chegar que não seja navegando.
 
       Rio Pulmari: Este nasce do lago do mesmo nome em uma parte dele se forma uma laguna de nomes Los Giles, e nessa parte existem trutas marrons de muito bom porte, encontrando peças com mais de três quilos.
 
       Rio Quillen: Nasce no lago Quillen e desemboca no rio Alumine.
 
       Este rio merece um detalhe de pesca muito exaustivo; na primeira parte percorre terras de campos privados onde o acesso é restrito e pago, por este motivo a pesca neste lugar é excelente. Existem nomes para cada parte do rio, por exemplo, La Champa, La Ripiera, Los Barros e outros.
 
       Logo o rio percorre uma parte dentro de uma comunidade Mapuche (indios nativos) até que se aproxima da estrada e a acompanha até sua desembocadura. Neste trecho a pesca é inacreditável principalmente pela quantidade e não pelo tamanho. Em um dia de pesca tive a sorte de pescar mais de 60 trutas com um só cliente, principalmente a arco íris; o mais efetivo sempre é a pesca com ninfa. Em sua desembocadura ao Alumine forma um grande remanso muito amplo onde sempre vemos trutas arco íris muito boas alimentando-se de emergers e moscas secas.
 
       Na Zona de Junín de Los Andes encontramos por exemplo:
 
       Rio Malleo: Um dos rios mais conhecidos da zona; nasce no Lago Tromen e desemboca no Rio Alumine. Na sua primeira parte percorre calculo que uns 30 km dentro de uma estância chamada San Huberto. Logo depois de passar a Ponte Paja começa a parte de acesso público. Este rio é como digo sempre “o rio do livro”, tudo o que lemos das partes de um rio e como pescá-lo, encontramos aquí: corredeiras, poções, árvores caídas, união de correntes e outros tantos acidentes. A pesca é muito variada, por exemplo: no começo de maio um amigo guia pescou uma truta marrom de 4 kilos, e isto não é o habitual, a pesca aquí é normal, pequenas trutas e algumas de até 1 1/2 kg sempre com mosca seca ou ninfas embora recordo um cliente de Porto Alegre chamado Benjamin que com um de meus guias tirou uma marrón de 3 kg. E o mais inacreditável é que a pescaram com uma Chernobil - anzol # 6.
 
       Rio Chimehuin: Este rio nasce no Lago Huechulafquen e desemboca no rio Alumine formando o Collon Cura.

       Com respeito a pesca aqui dividimos este rio em três partes: Chimehuin acima é o trecho compreendido entre a chamada Garganta do Diablo até o povoado de Junín de Los Andes aqui temos um rio muito rápido onde a pesca é muito técnica já que às águas são claras e os pinchos até os lugares de pesca duram pouco tempo no lugar que desejamos, e encontramos principalmente trutas arco íris e algumas boas marrons.

       A parte media ou Chimehuin curto é o trecho detrás do povoado de Junín de Los Andes. Neste trecho por uma questão de pressão de pesca nunca obtemos muitas trutas mas na realidade, as trutas residentes marrons e arco íris que pescamos são de bom porte.
 
       Chimehuin baixo, é a parte compreendida entre o Manzano e a confluência com Collon Cura, a pesca aqui é muito boa, este trecho é sem dúvida uma das melhores excursões que vocês podem realizar nesta zona. Encontramos quantidade de trutas arco íris e marrons residentes, sempre com alguma surpresa.

       Rio Quilquihue: Rio Quilquihue, este nasce do lago Lolog e se une ao rio Chimehuin por onde não só encontramos grande quantidade de trutas residentes como também muitas de trânsito. Este é um rio pequeno que só dá para pescar de vadeio, a primeira parte é muito encachoeirada e percorre baixo grande quantidade de sauces (tipo de árvore), mas logo é um rio amplo com boas corredeiras, principalmente para pesca com ninfas.

       Rio Meliquina e Filo Hua Hum: Estes dois rios se encontram mais ao sul de San Martín de Los Andes e nascem dos lagos homônimos, em ambos casos falamos de rios muito bons para vadear com muitas trutas onde a pesca com mosca seca e ninfas é o mais recomendável.
 
       Estes dois rios se unem formando o rio Caleufu.
 
       Rio Caleufu: Nasce da união dos rios antes mencionados e desemboca no rio Collon Cura onde hoje se encontra o lago da repressa de Piedra del Águila. A pesca é realizada em balsa e se flota em três dias com acampamento, já que em seus 63 km não encontramos caminhos para chegar.

       A pesca no Caleufu como em todos os rios com difícil acesso é muito boa e tem em média de 30 a 40 trutas por dia por pessoa.
 
       Do meu ponto de vista, este são os detalhes dos principais rios que nós pescamos.

Os Lagos

       Um parágrafo aparte merecem os lagos: Contamos com muitos deles e são muito produtivos com relação a qualidade e quantidade de peças. Em alguns chegamos em lanchas a motor como o Huechulafquen, Lolog, Lacar, Hermoso e Falkner, e em outros em balsas infláveis, pois a regulamentação do Parque Nacional diz que nos lagos pequenos só se pode navegar com remos, como é o caso de Currhue, Verde, Escondido e Machonico.

       Em alguns podemos chegar caminhando e chegar as bocas seja entrada ou de saída de rios e riachos, como é o caso do lago Filo Hua Hum. Este se encontra a 63 km de San Martín de Los Andes e se pode pescar seja de vadeio ou como em balsa inflável.

Nosso Serviço

       Há 13 anos comecei a organizar Cordillera Safaris e no momento somente eu guiava. Com o passar do tempo tive que contratar guías para que me ajudassem e hoje já conto com um staff de guías e motoristas permanentes, que me acompanham desde longa data.
 
       Como sempre minha mãe armando os catering e Mercedes (minha esposa) com toda a organização e recepção dos pescadores.
 
       Em todos os pacotes que organizamos tratamos de que o pescador desde que chegue a zona não se preocupe com nada. Nossa agência Pireco turismo, se ocupa de passagens aéreas, hospedagem, e traslado no Aeroporto seja de San Martín de Los Andes ou Bariloche.
 
       O conceito de nossa empresa é organizar aos passageiros um itinerário dinâmico onde pescamos tanto rio de cordilheira como da vegetação patagônica, seja de vadeio ou flotadas.
 
       Hoje nosso principal objetivo é manter um serviço muito bom a baixo custo e tratar que os pescadores que vem há muitos anos não repitam os lugares de pesca, é por isso que antes do começo de cada temporada realizamos exploração por diferentes lugares, com nosso staff de guias.
 
       Dentro de uma semana de pesca sempre recomendo a modalidade FLOTADA, pois é porque a pressão da pesca que recebem os rios cada vez é maior e nas balsas se alcança lugares estratégicos onde de vadeio não chegaríamos. Outra questão a levar em conta é que não há problema para a pesca a quantidade de balsas no rio, pois ninguém faz um arremesso no mesmo lugar que o outro.
 
       Quando realizamos excursões com acampamento contamos com todo o necessário para prover ao pescador (barracas, sacos de dormir, mesas, iluminação), todo os equipamentos são transferidos no que chamamos de “balsa cargueira“.

       Contamos com caminhonetes tipo VAN, balsas infláveis e lanchas. Todos os anos tratamos de aumentar a infra-estrutura para brindar um melhor serviço a nossos clientes.
 
       A pesca na zona não é difícil e levando em conta a ajuda constante de guias que se encontram mais de 150 dias por ano no rio, sempre o acompanharão para chegar aos lugares de pesca de forma correta.
 
       Quando programar uma viagem a Patagônia não tenha dúvidas em nos contatar, organizaremos um programa de acordo com o seu nível de pesca.
 
       Lembre-se que a pesca é um esporte, e por isso que devemos soltar os peixes para que continuemos a desfrutar dessa atividade apaixonante.
 
       Nos vemos pescando na Patagônia.
 
       Alejandro Klap
       Cordillera Safaris

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