Texto e Fotos:
A.C.Cravo
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E lá fomos nós, esperançosos invadir a Amazônia a cata dos grandes Tucunarés. Infelizmente invasões como a nossa, programada com semanas ou até meses de antecedência podem ser e foram prejudicadas por vários fatores. Em primeiro lugar há que não se esquecer da imensidão da região que daria para englobar vários países e onde nosso barco, visto de bem alto não implicaria em algo mais que pequeno cisco flutuante. |
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A par disso outras influências como variações da pressão atmosférica e volume d'água, o famoso "repiquete"( segundo o Aurélio: [ De repique + ete (2).] |
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Pesquei, no Rio Jufari, afluente do Rio negro e parte da fronteira natural entre os estados do Amazonas e Roraima. Sua grandiosidade e a quantidade de ilhas me impressionaram, deixando a dúvida: Onde encontrar o peixe em tanta água? |
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Sempre digo que relógio com barômetro só serve para justificar a fraca pescaria. Quando pescamos muito é porque somos bons pescadores. Quando isso não acontece é porque influências externas prejudicaram. Feita esta hilária observação tenho como desculpa a variação do primeiro para o segundo dia de pescaria de 6 milibares na pressão atmosférica, que caiu de 1016 para 1010, daí para a frente variando todos os dias entre esses dois parâmetros. |
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O peixe pequeno e arredio foi uma constante, embora aqueles protegidos do senhor, entre os quais me incluo tenham conseguido os maiores exemplares, no entanto a grande constante foram os pequenos e os médios, estes em menor quantidade. |
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E o fly, pescou?, vocês devem estar doidos para me perguntar. Pesquei, embora muitas vezes sob reclamações do parceiro de barco, amedrontado pelo sibilar dos Poppers, Clouser Minnows e Deceivers, entre nós. Mesmo assim, até Quarta feira pela manhã tinha conseguido vários exemplares pequenos, alternando entre o fly e o bait. À tarde, convidado para tentar a sorte numa lagoa pouco explorada face a dificuldade de adentrá-la, como diria algum locutor de jogos de futebol, nossos esforços foram recompensados e fizemos a pescaria que todos pensam fazer na Amazônia, muito peixe. |
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E o melhor de tudo é que diferentemente dos outros locais estes atacavam as iscas, bastando que fossem oferecidas perto deles, isto é, perto das pauleiras submersas, que acarretaram por duas vezes o mergulho do Agdo, nosso piloteiro. |
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Ao final da tarde, como em tantas outras vezes saiu o meu prêmio na figura de um Tucuna que pesou 18Lb, sem contar o peso do Boga grip, que trazia na boca, solto pelo piloteiro ao tentar pegá-lo numa investida anterior. E sob os gritos do Andia: Cravão, não perde, não perde! Ele saiu para fazer parte da minha vida. Não no fly, mas no bait o que afinal de contas não é demérito algum e todos temos o direito de alguma recaída. |
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Na quinta, cedinho, lá estávamos nós novamente pescando e contando alegremente: Um, dois, três, quinze, vinte e cinco, Cinqüenta e um, até sessenta e cinco, quando pelo horário tivemos que retornar ao barco, para o churrasco de confraternização e início da viagem de volta. |
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No entanto a impressão que ficou, tanto das minhas observações quanto das conversas com companheiros que pescavam em outros rios é de que o volume de água prejudicou a pescaria, levando parte dos peixes para os igapós e as variações da PA, fizeram com que estes se aprofundassem e não se interessassem pelas iscas. Como já disse em outras oportunidades parodiando o pastor do filme " Nada é para sempre", Deus foi particularmente bom para comigo. |
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Usei vara Peacemaker nº 8 e carretilha Plus com linha Cortland 444, floating e intermediate. A floating com o poppers e a intermediate com os Streamers, como sempre Clouser Minnows, Cave's Ratlin (by 100) e Lefty Deceivers. |
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