Texto:
Maurício Velho
Fotos:
Flávio Luiz e Maurício Velho
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A VIAGEM
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Para realizar a pescaria, primeiro conversei com pessoas que já jogaram suas moscas por aquelas águas, para saber mais sobre o lugar. Primeiro, falei com o Gregório que me ajudou contando como era o lugar, a pescaria e deu outras dicas. Depois conversei com o Rodrigo Sales que me ajudou muito contando como foram as pescarias por lá e por último o Tita que me deu dicas valiosas sobre o lugar.
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Para ir à Argentina de carro é preciso o seguinte:
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ROTA
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Ao atravessar a fronteira o motorista deverá pegar a rota 14 para Mercedes. Importante, para pegar a rota 14 não é preciso entra em Paso de los Libres.
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 Levantamos, tomamos café e seguimos viagem. Para atravessar a fronteira é preciso ter os itens acima descritos, além do RG civil ou passaporte. Demos azar, pois por ser um domingo de janeiro, nossos hermanos argentinos estavam indo ou voltando de suas férias no Brasil. O resultado não podia ser outro: a fronteira lotada, uma fila quilométrica e muita desinformação. Para passar pela imigração levamos quase duas horas, com direito a fila errada e jeitinho brasileiro. |
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Passado o stress, seguimos aliviados para Mercedes onde Luiz já nos esperava para a última parte da viagem. Chegando lá deixamos o carro na casa do Luiz e seguimos de Land Rover até a pousada, que dista uns 50Km da cidade. Nesta estrada só se anda de veículo 4X4, pois a estrada de terra é dureza. |
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PESCARIA
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Tudo arrumado, partimos para a pescaria. Pegamos a chata totalmente plataformada e impecável para a pesca com mosca. Equipada com um motor 4 tempos, que para quem esta acostumado com os de 2 tempos, é um silêncio total. Um fato curioso: lá não se usa motor elétrico. O guia fica em uma plataforma e habilmente manobra o barco com um varejão. |
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Para atingir os esteros anda-se por um extenso canal, aberto pelo Luiz, que faz a ligação entre a pousada e os esteros propriamente dito.
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Já no primeiro dia pudemos perceber que a pescaria não seria fácil. Encontramos uma situação incomum nos esteros. A água sempre cristalina estava turva e com muita suspensão, fato esse causado estiagem, que fez o nível das águas baixar muito rápido expondo assim a vegetação aquática abundante no local ao sol ocasionando a sua morte. Então pequenos fragmentos desta vegetação sujavam a água. Com o nível da água baixando muito rápido ficamos impossibilitados de acessar vários bons pontos de pesca, sem falar que muitos pontos ficaram fora d´água. |
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Isso nos obrigou a concentrar nossa pescaria no rio corrientes. Este por sua vez nasce nos esteros. No rio a água estava um pouco mais limpa. Seguimos esta tática. Saíamos cedo da pousada e no caminho do rio, íamos batendo pontos promissores, como entroncamentos de canais ou lugares de água mais rápida. |
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Quando chegávamos no rio, era só mudar a linha intermediate para uma sinking, e começar a pescar. È necessário fazer essa troca pois nos esteros os canais eram rasos e com muita vegetação no fundo. O rio, por outro lado, possui poços e lugares mais fundos, bem como correnteza maior que exige o uso de linhas que afundem mais. |
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No rio, como a água estava baixando, arremessávamos nossas moscas nas saídas de pequenas lagoas. Nessas saídas havia concentração de peixinhos. Também casteávamos paralelo aos barrancos onde a água corria mais e nos poços mais fundos. |
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Tanto no rio quanto nos esteros não há corredeiras, pedras, paus e outras estruturas. Há somente muita vegetação aquática o que não é nenhum problema pois se enroscar a mosca é só puxar que solta facinho. Também não tem perigo do peixe cortar a linha nelas, pelo menos não perdemos nenhum peixe assim.
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Outro fato que ocorreu foi o grande número de piranhas fisgadas, que pela água baixa elas deixam o alagado e se concentram no rio. Elas detonavam nossas moscas. |
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Mesmo com a situação desfavorável fisgamos vários dourados, não espécimes grandes como é comum por lá, o maior deve ter pesado uns 3kg, mas com certeza a diversão é garantida. |
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Vale lembrar que lá não é difícil pegar peixes que podem ultrapassar 10kg. Infelizmente não demos sorte de pegar um grande. Mas dourados pequenos, jacundás (lá chamados Santo Antonio) e piranhas, faziam que tivéssemos ação o dia todo. |
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O que chama a atenção mesmo com a água turva é a quantidade de peixes vistos. São inúmeros cardumes de curimbas, piaparas, arraias, lambaris sem falar nos dourados de diversos tamanhos que são vistos durante a navegação. Nunca vi um lugar com tanto peixe!
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EQUIPAMENTO
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Leader - O mais simples possível, com mais ou menos 1,5m comprimento e duas secções, butt de 0,60, de um pouco mais da metade do comprimento do leader e o resto de linha 0,50. O uso do Shock tipet de aço é essencial. Usei de aço encapado de no máximo 30lb, com comprimento de mais ou menos 25 cm. O nó para atar o aço no leader é o albright. Já para o aço na mosca, usei o nó Lefty Kreh's Non-Slip Loop. |
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Moscas - Basicamente em cores escuras, como preto e marrom, com bastante flashabou prateado ou dourado. No quesito brilho, o flashabou ganha do kristal flash, seu movimento na água é muito mais natural. As que moscas que deram melhor resultado, foram a original do Gregório e deceivers. Iscas claras só usamos na boca da noite, quando já não havia quase luz.
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Uma coisa é certa, eu e o grande amigo Flávio, adoramos a pescaria e o lugar e pretendemos voltar mais vezes, quem sabe no final do ano.
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Mais Fotos: |
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